sábado, 24 de outubro de 2009









Escuridão angustiante
Tateando as paredes, tão frias
À procura de uma saída, que está ali
Porém todas as portas estão trancadas
Quero gritar e a voz não sai
E também não tem ninguém pra ouvir
E ninguém sabe de verdade o que há por dentro
Nem mesmo eu entendo
Os medos são inimigos da minha coragem
Enquanto lá fora, não sei se é dia ou noite
E isso não faz a menor diferença
Porque eu não quero que meus olhos
Se acostumem com a falta de luz
Não posso ficar aqui trancada
Ouvindo apenas o som da minha própria voz
Tentando decifrar o real significado
De frases e palavras inacabadas
Enquanto alguém finge felicidade
Sem nem sequer saber o que é de verdade
E se a resposta está nas entrelinhas
Por enquanto ainda prefiro o subentendido
Preciso acreditar que a porta será aberta
Que a chave certa está em minhas mãos
Não posso deixar a minha vida
Se acostumar ao que não faz sentido

domingo, 18 de outubro de 2009


Não posso parar o tempo
Tão pouco mudar certas coisas
Tento ao menos guardar na memória
Apenas meus melhores momentos
Bem, e apenas alguns nem tão felizes assim
Aqueles que valerem a pena lembrar


Embora não faça passar a dor
Nem possa disfarçar as cicatrizes
Porque, quando algo se quebra em pedaços muito pequenos
Difícilmente poderá ser como antes
Podemos tentar e até colar todas as partes
Mas as marcas estarão lá para sempre
E sempre evidenciarão os detalhes do estrago


Palavras amenizam
Atitudes confortam
Promessas trazem esperança


Porém, se não forem sinceras
Violentam, traem até mesmo aquele
De quem elas partiram


Ironicamente é assim que segue a cena
Vida real ou roteiro imaginado


Então desejo que seja só mais um pesadelo
E desejo que dure só por uma noite
E se estou sonhando, que seja dormindo
Quando eu acordar, tudo será passado
E se nada mudou, não há novidade
Recomeço do ponto onde parei
Nova cena, segue a vida...