sábado, 24 de outubro de 2009









Escuridão angustiante
Tateando as paredes, tão frias
À procura de uma saída, que está ali
Porém todas as portas estão trancadas
Quero gritar e a voz não sai
E também não tem ninguém pra ouvir
E ninguém sabe de verdade o que há por dentro
Nem mesmo eu entendo
Os medos são inimigos da minha coragem
Enquanto lá fora, não sei se é dia ou noite
E isso não faz a menor diferença
Porque eu não quero que meus olhos
Se acostumem com a falta de luz
Não posso ficar aqui trancada
Ouvindo apenas o som da minha própria voz
Tentando decifrar o real significado
De frases e palavras inacabadas
Enquanto alguém finge felicidade
Sem nem sequer saber o que é de verdade
E se a resposta está nas entrelinhas
Por enquanto ainda prefiro o subentendido
Preciso acreditar que a porta será aberta
Que a chave certa está em minhas mãos
Não posso deixar a minha vida
Se acostumar ao que não faz sentido