quinta-feira, 7 de julho de 2011



Espero,
as horas castigam minha sanidade.
Você passa e some nas sombras.
Tudo da mesma cor dos seus cabelos.
Só o teu perfume fica no ar.
Preenchendo meus pulmões.
Inebriando profundamente meu coração.
Será que volta?
Me pergunto sempre, toda hora, minutos, segundos.
Meu peito quase não suporta,
batidas tão fortes e descompassadas.
Me sinto numa espécie de transe,
quase uma morte a cada ausência sua.
E exagero,
me desespero.
Então você volta.
E tudo à sua volta é luz.
As sombras dão lugar às cores.
Todas as matizes.
Todos os contrastes.
Eu sinto que toda a minha vida,
só faz sentido e recomeça.
Quando nossos olhos se encontram.

segunda-feira, 16 de maio de 2011



Enfim, agora as noites são geladas
Preciso ficar acordado
Mas, meus olhos não me obedecem
Sempre se fecham e tudo volta
Um breve e repetitivo sonho
E então é sempre assim
Só em meus sonhos é que
Posso abrir minhas belas asas
Pra sair voando, voando
Pra longe de tudo, ou seria
Pra mais perto do que eu não entendo
Tudo o que mais desejo
É você, só você sabe o que é
E sabe o que sou
E sabe o que eu quero ser
Conhece até os meus segredos
E não aprova os meus atos
Você me conhece
Sabe o quanto eu posso me ferir
O quanto eu sei magoar, tão bem
Consegue me enxergar através
Através da máscara
Que teimo, que eu digo proteger-me
Dos meus tão conhecidos demônios
Sabe o quanto eu sinto medo
Mas com você é diferente
Tens o dom de me acalmar, me acalenta
Isso me tortura, me desequilibra
Deveria ser o contrário, mas não é assim
Não tenho toda essa tua certeza
Eu queria, mas não sou tão bom assim