domingo, 25 de abril de 2010



Preciso respirar
Daqui de baixo, tudo parece pior,
Sem ar, sem vida, sem cor
Vejo a luz, muito fraca, mas sei que está lá.
Reunindo as minhas forças
Reunindo as minhas crenças
Reorganizando as idéias, os sonhos.
Sonhos que ainda não morreram
Eles ainda sobrevivem
Mesmo à deriva
Neste naufrágio trágico, triste
Estou com uma última bóia salva-vidas
Vejo a terra ao longe, minúscula
Preciso nadar, nada mais
E as ondas vão e vem, num constante movimento
Náusea, e as vezes tudo roda e roda
E agora aquele pedaço de terra parece mais perto
E tudo parecia tão ao alcançe das mãos
Tão fácil, tudo tão calculado
E então, num piscar de olhos tudo fugiu do controle
Náufragos, à deriva num mar de conflitos
Mar de dor, ondas de mágoas que nos afogam mais e mais
Peço à Deus que nos ajude
Me ajude a sair, a entender se assim for possível
Mas o que sei, é que não quero mais isso
Não sou tão forte assim
Nem tão tolerante quanto supunha
Estou me resgatando
Tenho sede de viver 
Fome de vida 

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